Devemos nos preocupar com o teor de colesterol nos alimentos?
- Luísa Schiavini
- 4 de abr.
- 2 min de leitura

Uma das controvérsias na área da cardiologia é: será que precisamos nos preocupar muito com a quantidade de colesterol nos alimentos?
Por muitos anos a recomendação foi ingerir menos do que 300mg por dia de colesterol para redução de risco cardiovascular. Hoje já discute-se se faz sentido orientar isso para a população, principalmente aqueles com hipercolesterolemia.
Levantamento feito pelo NHANES em 2013/2015 apontou que a média de ingestão de colesterol pela população norte-americana era de 293mg por dia.
Dentro dessa média, tem algumas variações:
Homens: 348mg por dia
Mulheres: 242mg por dia
42% desse colesterol dietético era derivado de carnes processadas, carne vermelha e frutos do mar
25% desse colesterol dietético era derivado de ovos.
Já que a população não ultrapassa tanto a recomendação de 300mg de colesterol dietético por dia, não há porque se preocupar, certo? Errado.
Normalmente fontes de colesterol também são fontes de gordura saturada. E essa sim devemos ter uma atenção especial quando falamos de risco cardiovascular

A absorção do colesterol dietético tem uma influência genética importante, variando conforme cada indivíduo. Portanto, considera-se que faria mais sentido orientar a redução de alimentos ricos em gorduras saturadas, dessa forma reduzirá também a exposição ao colesterol dietético. Segue válida a recomendação de padrão alimentar saudável, baixos em colesterol - ricos em frutas, vegetais, grãos integrais, laticínios com baixo teor de gordura ou sem gordura, fontes de proteína magra, nozes, sementes e óleos vegetais líquidos.
Referência: Dietary Cholesterol and Cardiovascular Risk: A Science Advisory From the American Heart Association (2019): DOI 10.1161/CIR.0000000000000743
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Nut. Luísa Schiavini
CRN-2 13885
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